A história do transporte no Brasil está diretamente ligada aos avanços econômicos e sociais do país. Estradas, ferrovias, portos e aeronaves integraram regiões antes isoladas e moldaram o crescimento da população brasileira. Porém, o resgate do legado histórico do setor corre o risco de se perder sem ações permanentes de preservação. Em meio à crescente digitalização de acervos e documentos históricos, a Fundação Memória do Transporte (FuMTran) vem ampliando seus projetos culturais e busca captar investimento para contribuir com o resgate e valorização desse legado histórico.
Por meio da Lei de Incentivo à Cultura, companhias tributadas com base no lucro real têm até o dia 31 de dezembro para destinar até 4% do Imposto de Renda devido às iniciativas culturais aprovadas pelo Ministério da Cultura, entre elas as promovidas pela FuMTran. Pessoas físicas também podem participar, destinando até 6% do imposto devido para apoiar projetos culturais diretamente. De acordo com dados do Ministério da Cultura, o mecanismo de incentivo captou R$ 765 milhões apenas nos primeiros seis meses de 2025, um aumento de 37,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Antonio Luiz Leite, presidente da FuMTran, reforça a importância da captação dos investimentos para o desenvolvimento dos projetos.“É uma forma legítima e simples de investir na memória do Brasil, conectando passado, presente e futuro por meio da preservação cultural”.
Um levantamento bibliográfico realizado pela UNESP, que compilou 88 referências sobre transporte rodoviário e de cargas no Brasil entre 1921 e 2023, mostra que o tema possui tradição acadêmica, mas ainda apresenta lacunas significativas na documentação histórica. Projetos como os da FuMTran ajudam a preencher essas lacunas, reunindo registros, fotografias e depoimentos que preservam a memória do setor e conectam conhecimento acadêmico à história viva da mobilidade no país.
Criada em 1996, a FuMTran já viabilizou dezenas de projetos editoriais e audiovisuais que documentam a evolução da logística e da mobilidade no país. Um dos principais resultados desse trabalho é o Museu Virtual da Memória do Transporte Brasileiro, lançado em 2021, que reúne cerca de 20 mil itens digitalizados, como fotos, documentos, vídeos e depoimentos de profissionais do setor. A plataforma tornou-se referência nacional em acervo histórico sobre o tema.
Entre os novos projetos da FuMTran estão A História do Transporte na Amazônia, que resgata os desafios logísticos e as soluções criativas que moldaram a integração da região Norte. O livro A Era das Máquinas: História dos Guindastes no Brasil revisita a evolução tecnológica e operacional desses equipamentos fundamentais à infraestrutura e à construção pesada.
“O transporte está diretamente ligado ao desenvolvimento econômico, social e ambiental do Brasil. Preservar essa memória é valorizar as pessoas e as empresas que ajudaram a construir o país”, reforça Antonio Luiz Leite, presidente da entidade.
A participação como patrocinador em projetos culturais oferece vantagens estratégicas e simbólicas à pessoa física ou à empresa colaboradora. “Ao apoiar projetos da FuMTran, as empresas associam sua marca à valorização de um legado coletivo e ganham visibilidade institucional, participação em ações de relacionamento e acesso a produtos culturais exclusivos desenvolvidos nos projetos.”
Os interessados em conferir e apoiar os projetos da FuMTran podem obter mais informações pelo site www.fumtran.org.br.
Sobre a FuMTran – Fundação Memória do Transporte
A FuMTran – Fundação Memória do Transporte – nasceu em março de 1996, instituída pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), com a missão de preservar e divulgar a memória, a história e a cultura do transporte brasileiro em todas as modalidades. Seus objetivos envolvem organizar, preservar e tornar acessíveis os registros históricos da atividade dos transportes. A entidade tem, ainda, a missão de contribuir para a manutenção do patrimônio histórico-cultural do Brasil por meio da conservação da memória e da cultura do transporte brasileiro em todos os modais – rodoviário, ferroviário, aquaviário e aeroviário –, seja de carga ou de passageiros, mais a infraestrutura e a logística, tornando-os acessíveis à população. Os projetos de memória, acervo e portal são perenes, um processo contínuo, um trabalho sem fim.