A Dança do Vermelho, de Eduardo Haesbaert

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Desde Jardim Selvagem, Galeria Bolsa de Arte de São Paulo, 2023, o artista retoma cores nos seus
trabalhos em diálogo constante com seus pretos, densos, e sua arquitetura em destruição, sem chão.
Alguns seres como os pássaros surgem no novo cenário, em ruínas, em A Dança do Vermelho.
A exposição é composta de 15 trabalhos em pastel seco e óleo sobre papel e sobre tela.

No texto de apresentação da exposição, Clara Figueiredo, historiadora de arte e escritora, traduz o processo e a poética do artista:

“Em denso preto, colore com carvão. Para abrir luz, fere a fibra do papel. Conduz a ferida, rasga rio, alma, labaredas. Cidade em chamas. Cidade em águas. Entintamento, sujidade, rasgo — termos utilizados para descrever o seu saber fazer. Carvão, papel, pastel seco, gordura da mão — escolhas que materializam sua crítica ao cânone pictórico. Se o ato experimental de Eduardo se desdobra da gravura em metal (sua matriz vivencial) em desenho e pintura, o ato experiencial que ele nos convida se desdobra da materialidade do corpo impresso na obra, para aquilo que dela escapa. Sinalização. Relâmpago. Temporal. Chuva de pedra que queima. Foi no dia em que a terra caiu.”

Eduardo Haesbaert: A Dança do Vermelho
Texto: Clara Figueiredo
Abertura: 28 de março de 2025, sexta-feira, 18h – 21h
Visita guiada com artista e autora do texto: 29 de março, sábado, 11h-14h
Exposição até: 17 de maio de 2025
Local: Galeria Bolsa de Arte de Porto Alegre
Endereço: Rua Visconde do Rio Branco, 365. Floresta. Porto Alegre – RS.

A Dança do Vermelho integra o projeto Portas para a Arte, da Fundação Bienal do Mercosul, durante o período da 14ª Bienal do Mercosul.

Sobre o artista e a autora:
Eduardo Haesbaert. Nascido em Faxinal do Soturno, RS, (1968), vive e trabalha em Porto Alegre.
Representado pela Galeria Bolsa de Arte, coordena o Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo. Eduardo foi assistente de Iberê, trabalhando como técnico e impressor de suas gravuras no início dos anos 1990. Realizou inúmeras exposições, como "Um rio que passa" (Fundação Iberê, 2021). Recebeu, entre outros, o VI Prêmio Açorianos de Artes Plásticas – Melhor Exposição Individual 2011 (Última Cena, Galeria Bolsa de Arte). Em 2019, foi indicado ao Prêmio Pipa 2019 e selecionado para a 7a Edição do Prêmio Indústria Nacional Marcantonio Vilaça (2019).
Clara Figueiredo é historiadora da arte, escritora e professora. Doutora e mestre em Artes (ECA/USP). É professora do Centro Universitário SENAC/SP, foi professora do Departamento de
Artes Plásticas da ECA/USP, da Universidade Anhembi Morumbi e da Especialização PUC/SP.

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Vinícius Mitto é docente do SENAC RS e professor da Escola Técnica Estadual Irmão Pedro, em Porto Alegre. Graduado em Arquivologia pela UFRGS, com pós-graduação em Gestão em Arquivos pela UFSM e Formação Pedagógica pelo IFRS, possui mais de dez anos de experiência docente. Como Arquivista atua como consultor há mais de quinze anos em empresas privadas e no serviço público. Presidiu a entidade de classe da sua profissão, de 2022 a 2024. Atualmente é Conselheiro Fiscal do Clube do Professor Gaúcho e está na web há mais de uma década com seu site www.viniciusmitto.com.br por onde criou diversos projetos como o “Café da Manhã dos Influenciadores”, “Bloco Bah Guri” que arrastou mais 50 mil pessoas no carnaval de 2020 e o “Coletivo Bah Guri” que contou a história de dezenas de bairros de Porto Alegre no marco dos 250 anos da capital.