TNT AO VIVO EM PORTO ALEGRE – 19/12/2024 – Resenha do Show
Posted bypor Rico Danielski 21 de dezembro de 2024 2 Min Read
O dia Dezenove de Dezembro de Dois Mil e Vinte e Quatro marcou o retorno (aos palcos!?) da banda mais Rollingstoniana do Brasil depois de um hiato de mais de 20 anos. E não foi pouca coisa! Auditório Araújo Vianna superlotado, numa noite quente e chuvosa e com um público extremamente ansioso esperando a formação clássica da TNT (Charles Master, Márcio Petracco, Tchê Gomes, Fábio Ly, Paulo Arcari e João Maldonado – com as dadas idas e vindas e trocas de postos entre os integrantes ao longo dos anos) destrinchar seus 40 anos de história como a mais emblemática banda de Rock que o estado do Rio Grande do Sul já produziu. Com um palco caprichado contando com 2 telões laterais e 2 sets de bateria, mas com um atraso chato de quase 40 minutos, o antigo produtor e paizão da banda, Reinaldo Barriga, teve a honra de fazer uma breve introdução à la mestre de cerimônias, dada a sua importância na história do grupo … pois como disse o próprio Charles Master em certo momento do show – em outras palavras – “A TNT não existiria se não fosse esse cara. Inclusive, ele é o legítimo Cachorro Louco !”
Soaram então os acordes de “Entra Nessa”, dentro do bloco inicial de músicas do disco de estreia de 1987 e usada como identificador no Instagram (@tntentranessa), seguida da divertida “Ana Banana”, “Identidade Zero” e “Febem”. Logo após, “Nunca Mais Voltar”, “Quem Procura Acha”, “Noite Vem Noite Vai”, “Gata Maluca”, “Muito Cuidado” e “Baby” trouxeram nostalgia e bem estar de um tempo que não volta mais, canções estas que foram concebidas a poucos metros dali, há algumas décadas, nas travessas da Avenida Oswaldo Aranha do Bairro Bonfim. “Oh! Deby” e “Estou na Mão”, as duas do primeiro disco, baixaram a poeira porque afinal não se vive só de apoteose. Foi a hora de respirar, buscar mais uns litros de cerveja e se preparam para a parte final do espetáculo.
“Charles Master” (a música), “Dentro do Meu Carro” (que nasceu em virtude do amor do vocalista e compositor por carros e motocicletas), “Tempo no Inferno”, “Tudo no Ar” e “Desse Jeito” (esta última um baita blues elétrico meio rockabilly que me fez ver Keith Richards na pele de Márcio Petracco), além de “Isso me Deixa Insano” e “Daqui pra Frente”, preparam o terreno para a sequência final dos hits mais esperados. E foi justamente o que aconteceu quando “Irmã do Dr. Robert” soou nos amplificadores, antes de “O Mundo é Maior Que Teu Quarto” e “Não Sei”, dando aquele feeling de fim de show. Mas é claro que faltava a célebre “Cachorro Louco”, executada depois de “Vacilou”, com a participação guitarrística do próprio Sr. Barriga no bis que encerrou a noite.
Pode ter demorado, mas o fato de alguns viventes como eu (que nunca tiveram a chance de outrora presenciar in loco uma apresentação da nossa querida TNT), não terem a assinatura de espectadores ao vivo dessa turma explosiva, seria algo a não deixar escapar numa próxima oportunidade. E ela enfim veio! Guerra de egos e antigas desavenças meio que resolvidas, unidas ao tesão de estar no palco e a busca por um troquinho a mais no bolso, trouxeram de volta a #01doRockRS, que balançou a cena oitentista de Porto Alegre com obras atemporais adoradas e cantadas até hoje.
Fisioterapeuta especializado em Medicina do Esporte, Músico (ex Duahlen) e Crítico Musical. Especialista em Heavy, Hard e no bom e velho Rock 'n' Roll. Sempre à disposição para uma boa conversa!! 👉 @ricodanielski 🤘